Em 2019 não haverá horário de verão

Em 2017, fizemos uma pesquisa e escrevemos um artigo sobre a eficácia do horário de verão. A conclusão que chegamos, naquela época, já era de que não valia a pena, financeiramente, utilizar deste recurso para economizar energia. Isso ocorre por que, já há algum tempo, o pico de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN), não acontece mais das 18 até 21 horas, como era antigamente. Esse pico, hoje, se localiza no período da tarde.

Portanto, não faz sentido acionar o Horário de Verão, com o objetivo de postergar o uso de iluminação e acionamento de chuveiros, visto que essas não são mais as cargas mais importantes.

Assim, o governo decidiu suspender a aplicação do horário de verão em todo o território nacional a partir desse ano, por recomendação do Ministério de Minas e Energia. O anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro em café da manhã com jornalistas na última sexta-feira, 5 de março, e foi confirmado pelo MME em nota publicada à noite.

O ministério lembrou que nos últimos anos houve mudanças no hábito de consumo de energia da população brasileira, e o horário de maior demanda, que antes era entre 18h e 21h, foi deslocado para o período da tarde. Essa mudança tornou sem efeito o Horário de Verão, já que a ideia era ter economia de energia aproveitando a maior luminosidade natural na época em que horário especial era aplicado.

Segundo o MME, com base nas mudanças de hábito de consumo e na configuração do sistema elétrico brasileiro, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico determinou novos estudos sobre os impactos em termos de economia gerada e a conclusão é de que “o Horário de Verão deixou de produzir os resultados para os quais essa política pública foi formulada, perdendo sua razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico.”

O horário especial era aplicado desde a década de 1930, com interrupções em alguns anos. Nos últimos anos, no entanto, seus impactos para a redução da carga no horário de pico do consumo vinham sendo questionados. A alteração nos relógios em uma hora a mais, pelo horário de Brasilia, vigorava normalmente entre outubro e fevereiro, sendo em que 2018 em começou em novembro, por conta das eleições.


Adaptado de: Canal Energia

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